Amor apenas, amor...

Encanta-me vós, que lamentastes no silêncio sobre a cama fria,

Onde a carne repousa gélida e nua.

Ora bendizeres...

Buscando sonhar com o paraíso;

Pássaros coloridos entre árvores frutíferas e rios cristalinos,

Animais mansos sobre a relva verde.

Deturpam-se pesadelos densos de negras sombras.

Reluz fênix divina.

Ser mitológico revive dentre minha alma.

Faça arder em meu peito a chama da vida que falta-me.

E nada mais me faltará.

Sou poeta latente.

Ser errante.

Cantando odes aos sentimentais amargurados como eu.

Humano sentimental por demais para chamar-me de humano.

E humano demais quando cheio de desejos.

Amor é desatento.

Não escolhe senil.

Sempre irreverente não escolhe forma, gênero...

Simplesmente acontece.

Quando o acendemos em nós...

Ou será ele a nos acender e aquecer?

Divago sobre e contra tudo o que sinto,

Sobre o que não vejo ou tento perceber.

Por mais que tente não falar sobre o amor é nele que recai todas as Minhas indagações e frustrações.

Percebo o quanto sou masoquista;

Amor mesmo sendo correspondido é o traço que dói.

De um jeito ou de outro.

É o que me faz sentir falta dos momentos que não vivemos.

Tudo se passou de um sonho,

Que merece ser lacrado no túmulo do esquecimento.

Lápis Lazulli
Enviado por Lápis Lazulli em 29/08/2016
Código do texto: T5743653
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