Tão estranho é o coração do homem
Subjetivo e vago, um inconseqüente, uma inconstante eterno
Que os que vivem de acordo com este, invariavelmente estão perdidos
No entanto este amigo da onça não o faz por mal, quer o seu bem
E costumam ser sinceros... E não pressentem o perigo.

Levam seus donos, pelas mãos, por caminhos obscuros
Atrás de uma luz que se vislumbra no fim de um túnel escuro e frio
E, não raro, sua mão quente e esperançosa se desgarra
Deixando o pobre estúpido ali, sem saber como agir.
Sozinho, na escuridão agora total, só lhe resta seguir... sem saber aonde ir.

O fato é que este mesmo traidor é quem lhe salva dessa situação
Pois em um dia, que certamente não esperas, mergulhado no frio e na absoluta solidão
Surgirá novamente a tal luz diante de seus olhos
e um calor que lhe envolve totalmente

E a mesma mão esperançosa toma a sua com carinho...
E a mesma voz imperiosa lhe diz –Recomece... Vá em frente!

Não fujam, desse nobre trapalhão...
Não evitem seus desastrosos palpites, suas escolhas duvidosas.
Toda essa sua confusão.
Vivam seus amores possíveis, chorem e sorriam, quantas vezes forem necessárias
Tudo é tão efêmero... É só uma vida para errar e acertar.
Pequem sempre pelo exagero, nunca pela omissão.

Quando a razão lhe disser, com toda a força – Não faça... Dará errado no fim.
Faça!
Não há tempo a perder... E é como deve ser
Simples assim.
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 04/08/2016
Código do texto: T5718977
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