PEITO ESCUDO
O desejo de receber as inocentes cartas de amor na escola,
Guardando o reprimido desejo de um primeiro beijo proibido,
Que a sete chaves trancou as portas que davam acesso ao amor,
Até que um dia foi apresentado as novidades que se encontravam distantes.
Desenfreadamente iniciou a procura, sem saber ao certo o que era, como era, ou quem era,
E com o peito a mostra, transformou o coração no escudo dos sonhos escondidos,
Descobrindo que na beleza de cada beijo havia um espinho,
E o peito escudo se feria como quem caminha no escuro.
Os motivos eram sinceros, mas os encontrados eram cruéis,
O sol revelava sorrisos, entretanto não advertia que se tratavam de almas envenenadas,
A disposição ia mesclando com as dores e medos,
Valia a pena novamente arriscar?
Uma sensação que se assemelha a um portão enferrujado, totalmente trancado,
E você preso dentro da velha casa, sabendo que lá não é seu lugar,
Mas cansados das tentativas frustradas de sair,
Esperando que sua fé seja correta, quem sabe um anjo tem a chave certa...
Como pode uma noite de verão se revelar tão fria,
Uma cidade cheia parecer vazia,
Um coração bater apenas para pulsar o sangue,
Desconhecido dia da alegria.
Esse velho guerreiro que na luta da procura todas as armas perdeu,
Que outrora procurava aquilo que sequer sabia quem poderia ofertar,
Se via trancado atrás de um portão enferrujado sem voz para gritar,
Cheio de espinhos no coração, infelizmente era eu.