Passando à realidade...
Avulso ou avesso, obedeço.
Em linhas paralelas à reta abstrata.
As curvas nas quais me perdi
não valeram o caminho da prata.
O preço que pagaram por elas,
fosse leilão, aposta ou sorteio,
não compra nem um devaneio.
Ao fim sempre coube um meio,
porque do começo nem me lembro.
Outros fevereiros nas nuvens,
em maios tristonhos desabando.
Outros junhos desertos pela frente,
e o amor que mais quero, ausente,
enquanto o tempo vai passando...