ONDE BEIJAS TEM UMA PEDRA

Não escarro de tal laço

Meus abraços de nós sem volta

Não amassam os que passam.

Já contei algumas vidas

E idas e vindas

Numa corda de bambolê

Nos becos de minhas avenidas.

Pergunto lhe:

Tens flores para o jantar?

Ou terei de estupefar-me-á de ego

Enquanto à vela secarei meu olhar?

Não demonstro o que queres

Nem aquilo o que é

Pois, no recanto de meus afagos,

Procuro-me entre os espasmos

De noites e estradas sem elo.

Nossa voz é de um tanto,

Tenha pena de meus desarranjos

E daquilo que não sei.

Sei que a sei como um belo abismo

De confusos planos

No profundo de toda razão.

Caminho para longe, de ti,

De tudo

Deixo para vós, meu nós.

Sem nada aquilo de imundo, sujo,

Nem de si.