Amado Desamor.
O álcool não é mais do que um alívio
Um niilismo que fomenta a loucura tranquila
Um piscar de olhos pausados num pensamento
Um escuro que faz pensar.
Se o amor não vem, que venha a loucura
A insensatez que se faz acima da vontade
Busquemos, ainda mais, a nossa ida deste mundo
Esconderijo que me dirige nas ideias meio relapsas.
O tempo que sempre passa em tédio
Passa devagar demais
Precisamos chegar à velocidade da luz em cada aurora
Reluz, pois já se finda a noite e pode ser o último dia.
Cansei de procurar o amor, mas há um em mim
Flores sinto em meu corpo, será Jasmim?
Ainda não acabou o meu tempo para parar de pensar
Essa eloquência que tenta mascarar o que ainda estar por vir.
Sou um poeta que ressurge das cinzas
Que busca, também, uma liquefação na felicidade
Na mais pura e dolorosa realidade
Escondo-me, a cada instante, em mim um doce devir.
Sou um poeta, mas estava dormindo
Esperando pelo nada
Esperando pelo sorriso aparente dos outros
Ô aparência mesquinha.
Deixe-me, agora, pensar
Hora de me inspirar e tomar mais um drink
Meus demônios são sábios
Minha consciência é mais do que ideais ressurgentes.