Anjo caído

ANJO CAÍDO

Ao vender sua alma para o mundo, perde-se na escuridão e no vazio.

O Engano tomou conta de sua existência, o caos o transformou em nada.

Calou- se quando os seus pediram socorro.

Animais iguais a si, tornou- se surdo.

Vestiu a cegueira, viu o desabrigo e não sentiu dor.

Desonrado se esconde e desalmado mostra apatia.

Cruelmente procura o justo e quebra seus espelhos.

Ama sua natureza obscena.

E mais uma vez, apodrece sua alma.

Sua essência é cruel, podre e vil.

E não chora.

Não rubra a face, não se envergonha.

Não se enverga. E as vidas corrompem.

Leva e lava os sonhos.

Sonhos de gente. Sonhos de mãe!

E apodrece o coração do Ser culpado, do culpado Homem.

Elma Sales
Enviado por Elma Sales em 22/04/2016
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