Anjo caído
ANJO CAÍDO
Ao vender sua alma para o mundo, perde-se na escuridão e no vazio.
O Engano tomou conta de sua existência, o caos o transformou em nada.
Calou- se quando os seus pediram socorro.
Animais iguais a si, tornou- se surdo.
Vestiu a cegueira, viu o desabrigo e não sentiu dor.
Desonrado se esconde e desalmado mostra apatia.
Cruelmente procura o justo e quebra seus espelhos.
Ama sua natureza obscena.
E mais uma vez, apodrece sua alma.
Sua essência é cruel, podre e vil.
E não chora.
Não rubra a face, não se envergonha.
Não se enverga. E as vidas corrompem.
Leva e lava os sonhos.
Sonhos de gente. Sonhos de mãe!
E apodrece o coração do Ser culpado, do culpado Homem.