Poema do desamor II
Eu te entendo, sim,
quando, silenciosamente, as reservas dos meus prantos secam.
Eu te entendo, sim,
quando teu sorriso precede ao instante do meu sofrimento.
Eu te entendo, sim,
quando não sinto mais em mim o cheiro de nossa paixão.
Eu te entendo, sim,
quando as luzes ao redor do nosso amor se apagam e você se entristece.
Eu te entendo, sim,
Quando o céu fica sob nossos pés e tuas palavras se calam.
Eu te entendo, sim,
quando dizes que vai e te escondes de meus olhos, mas retornas.
Eu te entendo, sim,
quando certa chuva de amor não nos significa nada mais e tu nem sequer gemes.
Eu te entendo, sim,
quando eu não te sou mais nem tu a mim,
quando todo nosso amor não serve mais para nada
quando não sabemos mais amar um ao outro.
Eu entendo, sim,
quando nossa dor nos diz que é chegado ao fim.