PORCASIA

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Nasci inofensivo.

Vivi, me tornei agressivo.

Tenho os nervos ativos.

Os meus sentires são cativos.

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Disseste-me que não sou poeta.

E com cara de estúpido concordei

Dizendo-lhe, porque sou escreveta

Aquele que não faz sentido!

Porque até o sentido se põe em sentido...

À minha existência...

Merece continência?

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Ah! Como sou estúpido.

Imaginem se fosse um cúpido?!

As minhas flechas seriam para matar.

E lixar os que querem amar.

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Está porcaria sem porcos.

Ainda não é poesia nos vossos olhos?

Talvez não, por isso chamei porcasia.

Não pretendo mudar está mania.

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Assim me sou...

Aqui estou...

Que se lixe se não é poesia.

Também não a fazes...

Ou se fazes são as fezes

Mais poetas que tu ou nós...

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Que quando saiem sentimos;

O que vos poetas não nos fazem sentir.

Mas fingimos;

Que não estamos a fingir.

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Ó! Poemas

Ó! Poesia

Poemas são palavras carregadas de dilemas.

E Poesia...

São sentimentos que sentimos.

São tormentos que omitimos.

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E ainda assim!

P'ra ti, não sou poeta!

Por causa desta porcaria;

Que uni a poesia.

Também não sou escreveta...

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Mauro José da Silva ( Poet'escreveta)

Adilson Sozinho
Enviado por Adilson Sozinho em 21/03/2016
Código do texto: T5580553
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