DE MÃOS ATADAS
Debruçados sobre colheitas sem frutos, choramos o leite derramado;
E matamos sementes com as mãos ainda sujas de falso remorso, rejeitando filhos que nunca sairão de nosso ventre;
Paseando entre estes campos desertos...
Onde nada mais se frutifica;
É que agora a chuva só cai de vez em quando, molhando plantações vazias;
E o ruído dos trovões parecem cada vez mais distante...
Como se as raízes secassem embaixo da terra, apodrecendo tudo que não abraçamos de mãos atadas!