DE MÃOS ATADAS

Debruçados sobre colheitas sem frutos, choramos o leite derramado;

E matamos sementes com as mãos ainda sujas de falso remorso, rejeitando filhos que nunca sairão de nosso ventre;

Paseando entre estes campos desertos...

Onde nada mais se frutifica;

É que agora a chuva só cai de vez em quando, molhando plantações vazias;

E o ruído dos trovões parecem cada vez mais distante...

Como se as raízes secassem embaixo da terra, apodrecendo tudo que não abraçamos de mãos atadas!

Anjo melancólico
Enviado por Anjo melancólico em 29/02/2016
Reeditado em 30/09/2020
Código do texto: T5558927
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