ANSEIOS RENEGADOS
Aprisionado por desejos fúteis nesta carência existencial devorante;
Este vazio que aprisiona a alma numa falta de sentido que nos violenta por dentro;
Passo a enxergar a vida sem cor;
Entre luzes desbotadas sobre melancólicos tons de cinza em dias de inverno;
Quisera abrir mão de meus vícios;
Que no fundo não passam de lacunas afetivas de amor mal resolvido;
Na verdade procuramos razão de existir em falsos prazeres,
Enganando a alma e esquecendo que a pior mentira é a contada a si mesmo!
Para ser feliz de verdade, talvez não precisasse muito;
Mas acontece que às vezes, até mesmo o pouco que pedimos fica sem respostas;
Como se os deuses escondessem de nós,
até mesmo as migalhas que sobram de suas mesas!