Tu, Delicadamente, Morres
Ela dormia,
Eu a observava.
O seu corpo vivia no sonho em que mergulhava,
Eu a observava.
A sua delicadeza, o seu pálido rosto,
Tão comovente desprezo.
Eu sussurro-lhe ao ouvido,
Ela abre aqueles grandes olhos.
Ela sabe o porquê de eu ali estar,
Por isso a expressão de terror.
Quando levanto a lâmina no alto do quarto
E lhe cravo no peito,
O sangue transforma a vida em morte.
E eu, com todo o cuidado,
Repouso o seu corpo na cama
E vejo a sua alma esvair-se.