Repulsa

19/09/2006

Não! Não me chame!

Não quero e não vou mais ouvir tua voz

Não quero ter que olhar pro teu rosto

Tua imagem lembra a figura de um algoz

Que dilacera minha mente e corpo.

Tuas frases de amor me entediam

Não sinto emoção diante do teu amor

Chego a sentir nojo das tuas fantasias

Não sinto prazer com teu toque

E o teu abraço não me dá calor.

É como se houvesse esgotado todo o estoque

Do sentimento que nutria por você

Acordei um dia e percebi que já não te amava

Não sinto mais nada do que sentia por ti

Saber que me amas é triste, chega a doer.

E eu que pela tua atenção clamava

Pelo teu carinho implorava...

Hoje da tua adoração vivo a fugir

Escondo-me da vida que sonhava

Não quero fingir alegria para te alegrar

Não vou sorrir para te satisfazer

Pouco importa se isso te deixa triste

Não estou disposta a renunciar

Toda a minha vida pelo teu prazer

E procurar uma felicidade que não existe.

Vá! Não perca seu tempo me esperando

Não se prenda por quem não se deixa prender

Não perca sua vida apenas sonhando

Com alguém que nunca sonhou com você.

Não sei por que não consigo te amar

Não entendo por que já não gosto de você

Gostaria de poder corresponder

De sentir algo por ti, talvez te desejar

Quem sabe um dia eu venha a me arrepender

Ao sentir falta do amor que me incomoda.

Talvez chegue a chorar, a sofrer.

Porém, hoje não me chame, não me olhe e nem me abrace!

Não me toque como se estivesse com fome!

Não me beije nem se declare,

E por favor, não me ame!

Patricia Teixeira
Enviado por Patricia Teixeira em 13/10/2015
Código do texto: T5413671
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