(De[u]s)amor
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(De[u]s)amor
O amor não faz curvas.
Não permite olhares laterais.
Fecha-se ao perigo exterior.
O amor não agride.
Não quebra a mobília da casa.
Não xinga nem manda ir embora.
O desamor não é um flash!
Não surge da explosão da pólvora...
Enche como as pias onde nos banhamos, devagarzinho.
O desamor não é acidente.
Ele é tragédia avisada,
enquanto sucessão de pequenos erros.
Para o amor existe o acaso.
Para o desamor, o ocaso.
Para o amor existe o mérito da conquista.
Para o desamor, buscam-se culpados.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 5 de outubro de 2015.
11h25min
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