SEPARAÇÃO II

Nossa! O Carlos e a Judite?

Meu DEUS! Como pode?

Eles se separaram? Não acredito!

Estavam todos estupefatos.

Ruiu uma montanha

E o que dizer diante

Dos escombros de uma montanha?

- Pois é... Hoje pela manhã ele

Cumprimentou-me, brincou com o Tobe

E me falou: D. Cida estou indo embora.

A voz estava embargada

E os olhos emergidos.

Logo se formou um motim na rua.

O espanto era de todos.

Não se falavam de defeitos,

Não se falavam de falhas...

Logo alguém se manifestou:

- Pensa: se eles que andavam sempre

De mãos dadas, que estavam

Sempre juntos, passeavam juntos,

Saiam para jantar juntos,

Presenteavam-se com cestas e flores

Nas datas importantes... Eles que

Não brigavam, viviam abraçados,

Compartilhavam sonhos,

Músicas, filmes, alegrias, dores...

Respeitavam os filhos, os estranhos

E os vizinhos... Meu DEUS, se eles

Que tinham tudo para O Felizes Para Sempre

E também Até Que A Morte Os Separe

Não resistiram à tentação

De viverem sós, e Nós?

Todos então abaixaram a cabeça.

Foi aí que eu descobri algo importante:

Diante dos escombros de uma montanha

A gente silencia e simplesmente

Reflete sobre a nossa vida!

luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 19/09/2015
Código do texto: T5387700
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