MASTURBAÇÃO

Depois os nervos relaxam,

A respiração volta ao normal

E os ouvidos captam sons do mundo

Trancado do lado de fora.

Como nunca, a porta se fez

Barreira e escudo e prisão.

O piso se faz depositário indiferente

Dos dejetos solitários que produzo.

Choro tensões recolhidas do silêncio,

E ironizo as lágrimas que beijam o esperma

E se ocultam no escuro do esgoto.

A dor e o prazer nunca estiveram tão próximos...

Simbióticos...

Caóticos...

Escatológicos...

Narcótico e ósculo de satanás.

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 29/08/2015
Código do texto: T5363682
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