Noite 2. Alívio e fim do fado

Joguei fora o frasco finado fracassado do perfume que gostavas,

Valei naquela fragrância sufocada as dores e os fados,

Valei no lixo de mim

E aspirei a fascinação do fim,

Finito o inicio que não começou

Fim aliviado, desafogou meu coração e deixou-lhe respirar

Tirou-lhe da agonia, deu-lhe riso pleno de alegria tristemente feliz

Escrevo agora à caneta rosa a roda do meu sentimento,

A rosa despedaçada morre e faz nascer uma nova,

Mais bela e forte

mais plena, coração inova.

Já nasceu.

O fado acabou e eu estou sozinho

O fim do amor findou o fado,

O sentimento era o penoso fardo,

Chorei com ímpeto pra estancar o amor

Estancou.

A plenitude me agarrou.

Plenitude que eu achei ter com o amor,

Tive com desamor.

A vida segue com suas pregadas peças

Ela segue as pressas

Segue plena e bela.

Lucas Guerra
Enviado por Lucas Guerra em 24/08/2015
Reeditado em 05/07/2020
Código do texto: T5356984
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