Noite 2. Alívio e fim do fado
Joguei fora o frasco finado fracassado do perfume que gostavas,
Valei naquela fragrância sufocada as dores e os fados,
Valei no lixo de mim
E aspirei a fascinação do fim,
Finito o inicio que não começou
Fim aliviado, desafogou meu coração e deixou-lhe respirar
Tirou-lhe da agonia, deu-lhe riso pleno de alegria tristemente feliz
Escrevo agora à caneta rosa a roda do meu sentimento,
A rosa despedaçada morre e faz nascer uma nova,
Mais bela e forte
mais plena, coração inova.
Já nasceu.
O fado acabou e eu estou sozinho
O fim do amor findou o fado,
O sentimento era o penoso fardo,
Chorei com ímpeto pra estancar o amor
Estancou.
A plenitude me agarrou.
Plenitude que eu achei ter com o amor,
Tive com desamor.
A vida segue com suas pregadas peças
Ela segue as pressas
Segue plena e bela.