Não o Afundo em Trivial Cemitério
Não falo por não saber.
Só não falo, pelo gosto de poder esconder.
Em cada árvore, milhares de folhas,
em cada folha, milhões de gotículas de orvalho,
então, o que escondo eu, em meu precioso carvalho?
Nada quis,
nada continuo a querer.
Sempre quis viver de ti,
sempre que não estava em mim;
és o nada que sempre quis.
Não quero mais esconder mistério
não pretendo afundá-lo comigo em trivial cemitério,
nem oferece-lo a transeuntes.
Vou ficar com ele,
falá-lo a mim mesmo, inúmeras vezes,
até meu colorido ser, perder a cor,
e eu mesmo, deixar de sofrer de amor.