PERGAMINHO...
Um coração partido...
Ou uma alma desejosa,
Arranhada por espinhos,
Enveredados em seu caminho,
O que será que ainda suporta?
Responderei arredio...
De forma temerosa,
Um ser que, de tão sozinho,
Tendo a sombra por vizinho,
Nem a si mesmo comporta.
Não aguentará uma única gota...
Seja de sangue grunhindo,
Seja de lágrima fugindo,
Ou do silêncio punindo,
Na impaciência que aflora.
Vagará pelo limbo e poças...
Num mar sem azul marinho,
Num se abraçar sem carinho,
A carne por seu pergaminho,
Em letras de dor por quem chora.