Monólogo...

Mais uma vez, a mente tenta administrar...
O que não tem nem nome
O que ficou oculto, por trás de um sobre-nome
Mais uma vez eu tento contemplar o inexistente
O que era apenas um vulto...abstrato
Q que não se percebe de pronto...ilusão
O que nunca ficará no ponto...a verdade
Aquela nunca dita em palavras...ocultas
apenas em atos, detalhados...
que escapam, em gestos ou olhar
Mais uma vez, a porta se abre...
e tudo sai de pronto...mentiras
E é sugado, pelo vácuo do desamor
Mais uma vez as luzes se acendem...
e as cortinas se abrem
E todos podem ver o ensaio...o ato...a peça
O público aplaude, fim do ato...
acabou...monólogo de três décadas.