A resposta
A minha prova é provar o desprezo
O gosto amargo da indiferença.
O vidro cortante do desamor.
O punhal afiado da perda e da dor.
Falta em mim a força vital
Falta-me o impulso inicial
E abundam os projetos inacabados
Secou-se há tempos a fonte da esperança.
A morte me sorri acolhedora
Na ilusão de um fim que não virá
Pois a vida está onde eu estou
E parte de mim a mudança que procuro.
O fardo de mim mesmo parece pesado
Sinto-me esmagado pela existência
É triste ver as cores se embotando
E o olhar aos poucos se escurecendo.
É solitária demais a experiência do ser
Passos que vão para lugar nenhum
Onde encontrar um sentido pra vida
É a pergunta para a qual busco resposta...