Desencanto
Os antigos suspiros apaixonados
Soam como fúnebre sinfonia.
O que antes era belo, puro e raro,
Converteu-se em pranto, desespero e agonia.
Cada sonho foi em vão,
Como grãos de areia que escapam da mão.
Cada promessa, cada amorosa jura...
A saudade tornou-se uma fria sepultura...
O amor foi desprezado,
Seu fruto foi abortado.
Morreu toda esperança,
Sobraram apenas dolorosas lembranças...
Um corpo sem alma a vagar solitário...
Alma a buscar a redenção do Calvário...
Coração que sangra por não suportar
A dor de uma ausência, a impossibilidade de te amar.