Noctívago
Ah, meu coração seco,
peco, em sono perco
o amor que me raiava o dia.
Agora, como tolo apago,
questiono no meu peito vago:
a luz, de nada me servia?
Pedi, apenas não me deste,
espelho a tua covardia,
e hoje nada me reveste,
senão o que me desfazia.