QUEM ÉS
Quem és
Se nunca te viste
Se vives oculta
Sob as vaga incultas
De seus fúteis mares
Que vives de engodo
E nunca vê nos lobos
Seus pérfidos olhares
Quem és
Gigante como o himalaia ?
Que vive nas alturas
Tão cheia de frescuras
Se esparramando altaneira
Nas areias da praia
Quem és
Se em teu ego desconheces a rasão
Até os jovens que como eu outrora
Não amam o belo de fora
Mas a alva que dentro mora
Sim , te desdenharão
Sou como poucos ,nobre de espirito
Porém como muitos " João ninguém "
A sua altivez em muito me envaidece
Mas tenho certeza que és nada também
Ouça me , sempre seremos iguais
Do mais forte até o impotente
Mas quem comete ações triviais
Jamais passará de um prepotente
Julguei te donzela
Tenra e graciosa como as asas do colibri
Ou és estoica como o reles pano ?
És estoica , digo eu
Porquê não cansada de tanta peta
Sufoca um airoso sentimento humano
Em uma noite na via Anchieta
Quem és
Se só vistes em mim a neve do entardecer
Porém, se mil sóis te aquecem agora
Um dia apagar se ão
E se desfarão
Pelo cosmo afora
Creia me menina
A mocidade se esvai numa vã ilusão
E então sentirás o que no mar senti
Frio , opróbrio e solidão ...
JOSÉ BRAZ DA COSTA