Derradeiro.

Haja flor de lótus sobreposta,

O dia que tu és pequenina;

Suspirai o amanhã derradeiro,

Debandas tuas lavadas lavandas.

Sê tens um começo pela aurora,

Corrijas as folhas de seus pingos;

Embora estão de amores, embora.

Nos risos da lua estampada.

O negro escaravelho de aflições,

Consiste por seu talo avergante,

Rasas o fundo de suas raízes.

Ávida, fostes ao colibri intrigante,

Sobre as espumas dos seus diamantes,

Decantar o seu corpo pelos universos.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 29/05/2015
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