AMORES SUICIDAS
Hoje lembrei o passado em todos os momentos perdidos de amarga mudez;
Raízes mortas frutificadas no entardecer de dias sem cores;
Agora sei o que me devora;
É a lembrança esquecida de tudo aquilo que nunca disse, numa voz calada que hoje me atormenta os ouvidos;
Por isso, deixe-me confessar meus segredos, embriagado nesse desejo que agora já não cabe mais dentro do peito;
E já que o mundo sempre desprezou meu amor, deixe essa voz reprimida ecoar ao sabor do vento, sangrando essas noites de eterno silêncio com a santa loucura de amores suicidas!