Luzes apagadas
Da alma,
que a alma seja do espírito a alma,
a outra alma bendita, ancorada em meu coração,
ainda que fatigado por amores selvagens
e beijos inoportunos.
Ébria, que a consciência fique logo lúcida
e me impeça que a razão me seja tudo,
me faça refazer os sentimentos em doces pecados ainda mais lúcidos,
nessa minha vida de amores e de despedidas,
de infernos ao céus, do Sul ao Norte.
Meus braços já se desabraçam no humor de algum tédio teu
e meus mistérios adormecidos, nem são mais mistérios,
desadormeceram na última hora do sono
quando só e em pleno abandono
meus pesadelos me cercaram.
Em minha alma, que todas as outras almas se encontrem
e nela se ancorem e sejam bem felizes
e se a felicidade não permanecer e for embora,
saiba, qualquer amor nutrido em minha vida e à qualquer hora,
que meu coração assim como pode sorrir, também chora.