O que sente o rei?
Nem sei se pensei neste poema quando chorava.
Havia lágrimas, ombros doloridos, cruz a carregar.
A oração chegou com a porta escancarada e me deu asas
e de repente um homem novo me venceu
e disse: eis-me teu, tu és o meu, somos nossos.
Há dores insuportáveis e mágoas que, com o tempo, viram água
e resolvem reconstruir as coisas derramadas.
No amor havia certa espada...
O poema nasceu meio a tudo isso, sem ordem ou qualquer capricho,
mas sob a vontade do poeta. Isso basta!
Acho que venci um inferno. Sinto que cheguei no céu
porque meus ombros, agora, carregam estrelas
de um céu novo, novo céu, novo sentimento.
Andei por passos desconexos em inglória luta,
mas de tudo me livrei e sou novamente
aquele rei que cuida de seu reinado, e às noites, se
deita na terra fria para contar estrelas
e apreciar o luar.
Luas jamais podem ser cruzes, e estrelas, jamais podem ser apagadas no céu.