Indébito

Por que em meus bruscos sonhos

Somos tão íntimos?

Por que em minha longa realidade

Somos tão dispersos?

Eu grito, tu calas.

Eu calo quando gritas.

Eu sonho quando calas.

Eu morro quando realizas.

Por que em meus súbitos sonhos

Somos tão amantes?

Por que em minha durável realidade

Somos tão divergentes?

Eu calo, tu gritas.

Eu grito quando calas.

Eu calo quando sonhas.

Tu realizas quando morro.

Para que tantos sonhos

Se nossas realidades são dispersas?

Para que tantos sonhos

Se o meu grito é sem ruído?

Para que sermos amantes

Se os meus sonhos são tão súbitos?

Para que sermos amantes

Se o teu silêncio é tão agudo?

Eu sumo, - não assumes.

Não consumo o teu sumo.

Eu calo, - és estranho.

Não entendes porque calo.

Majal San
Enviado por Majal San em 05/02/2015
Reeditado em 24/07/2015
Código do texto: T5126941
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