Tonto
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Conto
com o encontro,
mas tenho no desencontro
meu tormento constante.
Quando será?
Poderia ter sido ontem;
pode ser hoje,
ou amanhã, quem sabe?
Vivo esperando esse encontro...
Que dia será?
Conto o tempo.
Segundo a segundo,
programo nosso conto de fadas.
Quando será?
Desencontros...
Poderia ter sido ontem;
pode ser hoje...
Ou amanhã, talvez?
Esperas e desculpas.
No tempo, também aguardo.
Vivemos esperando
um impossível encontro...
Afinal, quando será?
Fim de ano;
fim de prazo...
Nosso amor foi mero acaso
que virou desilusão.
Esqueçamos o encontro.
Tem gente demais envolvida;
opiniões contrapartidas
e falsas intenções.
Descobri que o cerne da busca;
que a razão de toda espera,
não está em nós, mas nos olhares...
Olhares traiçoeiros de quem nos ama.
Em respeito ao passado,
Desapareço agora, desejando:
‘Seja feliz!’
O amor exige coragem;
as paixões nos cegam, apenas.
Estávamos hipnotizados.
Felizmente,
bruxas bloquearam o efeito alucinógeno.
E, de olhos abertos,
com nossas visões modificadas,
decidimos dar adeus.
Crato-CE, 22 de dezembro de 2014.
15h17min
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