Mea culpa


Que apagando-me a luz,em vão,não fora ,
Ah!Torpe blasfêmia,meu infame capricho,
Não via que minh’alma suplicava no chão.
Contorcia,porém,a besta abafava o grito!

Tenebroso pesadelo,chaga cravada no meu peito,
Ai!Que o louco coração ,feroz ave de rapina.
Açoitava minha querência,lá,no topo da colina!
Quedava,então,manso a seus pés,estranho jeito...

E a amada,em delicado beijo,caia adormecida,
Dos açoites meus,não chorava,apenas,sorria...
Pálida,oculta pelo fino véu,aos poucos,morria.
Massa amorfa de meu Ser,tão desconhecida!

Deixo mea culpa,ante o meu incerto destino,
As ilusões,qual pedrinhas,deixadas na terra,
Serão vagas lembranças de malvado menino...
Discreto sinal de um amor que agora encerra!