Tornando Humano
Sob o jugo cruel do desamor também caímos vítimas
O fatalismo se fazendo presente a todo momento
Cada palavra, cada beijo, cada "Eu te amo"
Uma harpa que toca o prelúdio da ruína.
Contemplar o amor pelas lentes do desamor
É como vasculhar um álbum antigo de fotos
Polaróides, amareladas, cheias de sorrisos
Pensando consigo "Como eu poderia imaginar o final?"
O final, como se tecido pela aranha mais horrenda
Teias caóticas, aparentemente desconexas
Mas que capturam a nós todos
Como insetos a se debater, esperançosos.
Independente da feiúra que se mostra
Esse amor que faz o coração vermelho
Ainda é a coisa mais pura que somos capazes
De criar, de viver, de lembrar.
Sim, tu conquistaste teu lugar em mim
Uma parte de mim será sempre tua
Mesmo que esta parte se torne um espinho a me lembrar
Da maldição que permeia minha existência.
Obrigado por me fazer sentir.
Por me fazer amar.
Por me fazer.