Céu de areia

Preso sobre um chão de nuvens,

iluminado céu de areia admiro,

entre tilintares e ferrugens,

Vejo da lua, a penumbra

iluminada por estilhaços de vidro.

Preso sob um céu de areia,

em duro chão de nuvens me angustio,

Entre a dúvida e a certeza,

Vejo do Sol, a luz da doçura

Obscurecida por pedras de granizo.

Liberto dos grilhões do silêncio,

Pássaro de poesia recito,

Não importa mais se me perco,

Como Romeu agora busco o caminho

Da sacada onde amor o retumba...

Liberto dos grilhões do receio,

Pássaro de ilusões alcanço.

De Julieta, apenas o veneno

que mantém minha alma em pranto,

sinto o punhal da rejeição profunda...

Tão liberto quanto preso,

Não mais um pássaro alado,

apenas um céu de nuvens e um chão de areia,

não mais dúvida só certeza

que todo e qualquer devaneio

se tornou apenas raiva e amargura...

Rs Schindler(Renan Souza)

RS Schindler (Renan Souza)
Enviado por RS Schindler (Renan Souza) em 23/09/2014
Reeditado em 22/11/2020
Código do texto: T4973503
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