Poesia Amassada
Senti vontade de fazer poemas para la dos confins da alma.
Fazer poemas com rimas mal alinhavadas e costuradas,
Cozendo com agulhas do destino os personagens ocultos.
Pegar um pedaço de sonho nas ondas vagas da noite,
Navegar sem topografia, sem rumo quase vagando,
Cujos abraços espraiam-se no mar infinito.
As letras fogem quase que amarguradas, das mãos,
A boca seca, sem rimas, sem inspiração e respiração,
sufocam-se no papel amassado no canto.
Maldita insônia dos poetas, o peito arde de amor,
Nas ilhas ridículas do sono invisível, grotesco,
então sou só,completamente só neste vale de loucura.
Rai