Em tua cova

Brandamente sucumbida...

Entre desgraças e desgraças.

Há de ter alguém no mundo,

Imune às velhas farsas?

Existem olhos e olhos,

Trapaças e trapaças.

Mas você meu caro amigo,

Não largou sua carapaça.

De inseto em inseto.

Formastes tua viril cova rasa...

Podre e corroída!

Fria e sofrida...

Não hei de ter pena em vão.

Tu que destrói a humanidade,

Ninguém sentirá saudade,

De sua bucólica escuridão.

Aqui jaz você nessa cova de flores.

Entorpeceu-se por amores

Que nunca irão te pertencer.

E tu bravamente choras,

Até o fim da aurora,

Por algo que nunca irá ter.

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