A sina de Augusto

Os sapatinhos

lustrados, pretos,

o uniforme escolar,

uma camisete

branca,

uma saia rodada e,

nos cabelos um laço,

e aquecendo

as pernas as

meias três-quarto,

o colégio exigia,

Ana Luíza, a normalista

ia todos os dias

pro seu legado,

de longe Augusto

observava,

lhe enchia os olhos

e o coração de

menino o andado

inocente de

Ana Luíza,

da turma de 1960,

Augusto foi

o único que

de coração partido

nunca a beijou,

e o tempo se foi e,

de desgosto

se foi Augusto.