AINDA SE MORRE DE AMOR
A finitude nesse mundo tudo atinge
Universo de desilusão e dor
Mas jamais um poeta finge
Quando encontra o seu grande amor
Nas nuvens escancarou o coração
A alma vibrou de louca alegria
Aos quatro cantos cantou a emoção
O olhar brilhou de encanto e poesia
Porém por seu amor foi traído
E não resistiu tanto dissabor
Na noite calma ecoou um estampido
O poeta abreviou a sua dor
Coberto de orvalho amanheceu a enseada
O céu chorou de fininho a sua sorte
Uma lágrima rolou na face da amada
Beijou o lábio ainda no frescor da morte
Tragou de um gole o poema derradeiro
Poema de dor e desilusão
Nunca esqueceu daquele amor primeiro
Que de tanto amor explodiu o coração