O VELEIRO E O TEMPO

Tentando encontrar palavras eu encontro novamente

você e ouço o silêncio, e ouço as palavra perdidas

por entre as notas que tocam minha vida...

O balanço do veleiro me arremessa contra murros

de pedra, me destroçam, me fazem ver vertigens

na tentativa alucinógena e compulsória de ao

menos te ver.

E agora olho o tempo e tudo que passamos e

mais uma vez ouço o silêncio, mais uma vez

ouço silêncio da tua boca, palavras que não

se permites mais dizer...

Continuo a navegar, ondas me arremessam,

as notas viajam na tempestade, e faz-se

novamente o silêncio assombroso, ecoando entre

raios e oceanos que saltam de meus olhos.

E agora olho o tempo e tudo que passamos e

mais uma vez ouço o silêncio, mais uma vez

ouço silêncio da tua boca, das palavras que não

se permites mais dizer...

É mais um grito no silêncio que vaga no vazio da

na tentativa de alcançar você.

Poesias, notas e rimas não podem mais lhe

converter, não podem mais me proteger.

É um tiro no escuro, um abraço no abismo,

uma gota no oceano, um veleiro e o silêncio.

OBS: Não sei se é uma poesia ou uma música ;)

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 17/07/2014
Código do texto: T4885669
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