O VELEIRO E O TEMPO
Tentando encontrar palavras eu encontro novamente
você e ouço o silêncio, e ouço as palavra perdidas
por entre as notas que tocam minha vida...
O balanço do veleiro me arremessa contra murros
de pedra, me destroçam, me fazem ver vertigens
na tentativa alucinógena e compulsória de ao
menos te ver.
E agora olho o tempo e tudo que passamos e
mais uma vez ouço o silêncio, mais uma vez
ouço silêncio da tua boca, palavras que não
se permites mais dizer...
Continuo a navegar, ondas me arremessam,
as notas viajam na tempestade, e faz-se
novamente o silêncio assombroso, ecoando entre
raios e oceanos que saltam de meus olhos.
E agora olho o tempo e tudo que passamos e
mais uma vez ouço o silêncio, mais uma vez
ouço silêncio da tua boca, das palavras que não
se permites mais dizer...
É mais um grito no silêncio que vaga no vazio da
na tentativa de alcançar você.
Poesias, notas e rimas não podem mais lhe
converter, não podem mais me proteger.
É um tiro no escuro, um abraço no abismo,
uma gota no oceano, um veleiro e o silêncio.
OBS: Não sei se é uma poesia ou uma música ;)