Recíproca ironia
Recíproca ironia dizeres que me ama enquanto em teus olhos declamam a brasa da mentira
Talvez por um momento minha mente, corpo e alma, tentaram acreditar em suas infiéis palavras
O coração indagando a alma, como um sorriso tão doce, se afogando na maciez de sua voz, poderia em si, afugentar a mentira e a blasfêmia
Minha mente refutou, o meu corpo implorando o teu
Prometera-me amor, que nunca teve a dar
Jogou ao vento as promessas de um amor, a margem da dor
E mais uma vez, caí na prisão de suas palavras
No exílio que me prende ao seu sorriso
E em uma prisão de portas abertas, minha mente clamou a liberdade
Meu coração se fez de surdo e inabalável, mas já tão ferido, não poderia continuar
Mais uma vez a mente clamou e declamou a liberdade
E o coração, já não pode resistir, e assim me fiz livre
Deixando a emoção, sendo guiado pela razão.