Solidão prematura

Tem certas fases de nossas lembranças

Que nos restam pouco além de esperança

Estar comprometido

Muitas vezes nos torna enganado

Pois a solidão que se esvaecia hoje mais madura

Nossa tranquilidade comprometeria

Por que somos tão sozinhos

Se não há nada no mundo

Que funcione sem outrem

Por que vivenciamos sempre

Esta compulsão consciente

De tristeza e melancolia

Se já aprendemos que evitar certas memórias

É iludir-nos inocentemente em fantasias

Mas o que nos resta senão enganarmos a nós mesmo

Cada vez melhor?

Cada vez com mais assiduidade

Talvez a presença daquele que já se foi

Não seja representada como de certo

Como os momentos que de apogeu

Nesses prelúdios a uma companhia.

LUIS RODOLFO
Enviado por LUIS RODOLFO em 17/05/2014
Código do texto: T4810039
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.