Solidão prematura
Tem certas fases de nossas lembranças
Que nos restam pouco além de esperança
Estar comprometido
Muitas vezes nos torna enganado
Pois a solidão que se esvaecia hoje mais madura
Nossa tranquilidade comprometeria
Por que somos tão sozinhos
Se não há nada no mundo
Que funcione sem outrem
Por que vivenciamos sempre
Esta compulsão consciente
De tristeza e melancolia
Se já aprendemos que evitar certas memórias
É iludir-nos inocentemente em fantasias
Mas o que nos resta senão enganarmos a nós mesmo
Cada vez melhor?
Cada vez com mais assiduidade
Talvez a presença daquele que já se foi
Não seja representada como de certo
Como os momentos que de apogeu
Nesses prelúdios a uma companhia.