ATÉ QUE O DIA AMANHEÇA. Ultimo poema para Felícia
Nove de Abril de 2014 - noite.
La fora, um sereno fino,
Aqui dentro, chove forte;
A tempestade ainda vai demorar à passar;
Ainda vejo a neblina,
Escondendo teus olhos dos meus!
Até quando esconderá?
Me aproximo à janela;
No telhado, ouço o som da chuva,
Que parece o choro e lamento,
De um pobre ser, inconsolável, ao relento.
As gotas que explodem numa poça na calçada,
Emitem sons que lembram soluços;
O vento, em sussurros, ao meu ouvido,
Revela teus segredos escondidos...
Sons que ainda ecoarão,
Dentro de meu ser,
Até que o dia amanheça,
Ou até quando em fim, eu te esqueça.