O que está morto

Veste estes rotos trapos e segue

De mãos dadas com o que está morto.

Sua presença na ausência é o porto seguro da ilusão

Que caminha sempre na primeira fila

destes bons pensamentos que teimam em impregnar-se do contrário.

Estas palavras não são novas

Tão gastas quanto o sentimento de que está morto

Mas essa vontade sobrepõem a vontade

que impreterivelmente cega a sacra racionalidade.

Submete idolatria a o que está morto.

Nem tudo sempre foi assim

É assegurado que nem tudo sempre será

Mas é na volatilidade deste estado que se encontra a queda

E em meio as ruínas, estilhaços dão vazão a confusão que é sentir

Esta instabilidade sufoca quem sempre apreciou a constância.

Quanto mais se pensa, menos se sabe, menos se tem

Reviver o que está morto insistentemente é ludibriar-se

Com o que nunca será

O que está morto, está morto.

C Freck
Enviado por C Freck em 05/04/2014
Código do texto: T4756930
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