Flor carnívora

 

 

Pétalas do Sol caem do céu

Flor carnívora me engole no tempo

Limpo sentimento de vazio...

Cio da imaginação esquecida

Visão freira que divaga ingênua

 

Sangue congelado serve no drinque

Não bebo nada mais que um beijo

Ringue, luto em um ringue de luto

Muito em mim já não vive mais

Talvez sonho floresça em minha cidade

 

Contando pedras eu computo

Computador fala na rede social

Flor carnívora e virtual

Devora-me no teu beijo, crucial

Puto por esquecer tua razão social

 

Barata de estimação no seio desnudo

Nojo é relacionamento de inseto

Antena que arrasta no carinho

Comunicação sem sentido, virtualidade

Flor carnívora que me torna vegetal