ESPELHO D'AGUA
É o negro que a minha alma enverga
Quando te olho e não posso tocar
Impera a regra da não admissão do sentir
E então o peito sangra
Como que a drenar o vazio que o preenche
É a razão que me esgana
A censura que me açaima
Não há lugar à liberdade
E (no fundo) de mim
Só vejo a imagem turva
Neste espelho de água nascido a meus pés
2014, Mar, 20