Propício

Penso no que conquistei

Imagino estantes em chamas,

Cortinas velhas e versos

A prova de fogo

Imagino teu sorriso

E tuas asas, tudo

A prova de fogo

Por que não consigo apagar

As marcas de teus dedos?

E o coração vazio ser

Desculpa pras tuas borboletas

(Sempre)

Fazerem cócecas

Em minhas mãos?

Chegando ao ponto

Da própria pele ser papel

E das estrofes,

Tomarem as rédeas do poeta.