Sobre estradas, mulheres e poesia.
O ar quente me abafa as idéias
Qualquer pensamento evapora
Antes que chegue até a boca
Pra ser vociferado aos quatro ventos
Então vou comer estradas
Chegar onde possa umedecer
Esses lábios tão secos
Secos de tanto repetirem ladainhas
Que não te dizem mais nada
Nem um suspiro, nem um beijo de gratidão
Sentado na grama eu vou te escrever
Algo quem não notará que é pra você
Até que chegue o momento em que
De facto não seja mais pra ti