DO TIPO ROMÂNTICA

A mente foge do corpo a todo instante, tentando esconder a vergonha do agir

Não sei por onde escapou a força, e por qual porta penetrou o desespero,

Afogando em nostalgias, memórias mórbidas que aliviam a pele em brasas

O cheiro seco da rosa ganhada, ainda arde as narinas e as pétalas duras acariciam os lábios

Sou do tipo romântica, que ainda vai morrer de amor.

Por mais que minha face negue, e a inércia tome forças descomunhais em meu ser

São incontroláveis as lágrimas ao anoitecer, e o aperto no peito que parece sufocar

Minha memória falha diariamente em tentar te esqueçer,

E o corpo suado após os sonhos constantes, me parecem como o choro da pele a clamar por ti

Que não seja de mais ninguém o seu toque que a mim deveria pertecer.

Sou do tipo romântica, que ainda vai matar por amor.

E eu que sempre guerrilhei por liberdade, encontro em ti minha kriptonita,

calcanhar de aquiles a me boicotar por inteiro.

És demônio, que atiça a paz e queima como fogo em paixão no meu peito

Que sempre me engana com esses olhos traiçoeiros,

E sempre que vai, volta, neste bulmerangue forasteiro.

Que me provas por toda a vida, com meus sentimentos ruins,

És meu egoísmo, minha cobiça, minha gula, avareza e luxúria.

És todo pecado que me guia ao obscuro, tentação maliciosa,

Que me propõe tormento à procura de paz.

Que sejas seu beijo doce e venenoso, o único a calar meus urros

Sou do tipo romântica, que ainda vai morrer de amar.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 16/12/2013
Código do texto: T4613427
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