CABARÉ
Vou na direção do cabaré.
melindroso poeta que sou
vejo mulheres enfeitadas de nada e
de supercílios longos.
Um emerso casarão
subscrito as honras,
la dentro sem as portas
pego as horas sobre figas
suspensas montanhas
e sob o terremoto
procuro as montanhas
nuas de folhagem
um punhal cravado
na terra apodrecida
dos meus dias.
Ágio rente a cova
ouço urros com gosto de vinho
o alvo é a essências
de meus passos na
ponta da corda
que sustenta a ilha.