O CANTO DAS LAMENTAÇÕES
Fale o que quiser os caminhos novamente se
cruzarão. Se cruzaram e novamente e novamente
se farão um caminho, a trilha e O destino rumo à
perdição...
Passe o tempo que passar, passe e deixe passar...
O tempo não curará o incurável, nem remediará o
que á foi “metaplasicamente” disseminado, até a
última tentativa iluminação.
Corra, jogue-se, atire-se, ou seja atirado pelo
turbilhão. É o fim do começo, o tormento do fim, de
um amor findado nunca consagrado, jamais
iluminado por não se permitir permitir iluminar.
Feito por elos quebrantáveis, fletidos no reflexo do
prisma interno daquilo que foi e nunca se permitiu ser...
Finja, fuja alucinadamente, ao ponto de acreditar que
o fingimento é real e se perder na origem do déja vu,
do passado preterido que vives a construir na moldura
dos moldes e padrões que se perdem em seu próprio
ultraje...
Acredite em sua realidade, disfarce o sorriso e crie a
face que lhe veste acima das máscaras e demagogos
sorrisos implícitos no que é notavelmente explicito em
face de minha face.
Que reine o silencio dos que na lanterna estão afogados
pelo seu próprio orgulho, que nunca se permitirá
pronunciar a profecia do perdão, nem nunca se
curvará a sua própria destruição mesmo já corrompido,
rompido, devastado, do ápice ao chão...
Fica o que ficou, palavras e memórias, eternos flash de
luz que permanecerão se cruzando para quando o
sempre for eterno e o para quando o eterno for para
sempre...