O CANTO DAS LAMENTAÇÕES

Fale o que quiser os caminhos novamente se

cruzarão. Se cruzaram e novamente e novamente

se farão um caminho, a trilha e O destino rumo à

perdição...

Passe o tempo que passar, passe e deixe passar...

O tempo não curará o incurável, nem remediará o

que á foi “metaplasicamente” disseminado, até a

última tentativa iluminação.

Corra, jogue-se, atire-se, ou seja atirado pelo

turbilhão. É o fim do começo, o tormento do fim, de

um amor findado nunca consagrado, jamais

iluminado por não se permitir permitir iluminar.

Feito por elos quebrantáveis, fletidos no reflexo do

prisma interno daquilo que foi e nunca se permitiu ser...

Finja, fuja alucinadamente, ao ponto de acreditar que

o fingimento é real e se perder na origem do déja vu,

do passado preterido que vives a construir na moldura

dos moldes e padrões que se perdem em seu próprio

ultraje...

Acredite em sua realidade, disfarce o sorriso e crie a

face que lhe veste acima das máscaras e demagogos

sorrisos implícitos no que é notavelmente explicito em

face de minha face.

Que reine o silencio dos que na lanterna estão afogados

pelo seu próprio orgulho, que nunca se permitirá

pronunciar a profecia do perdão, nem nunca se

curvará a sua própria destruição mesmo já corrompido,

rompido, devastado, do ápice ao chão...

Fica o que ficou, palavras e memórias, eternos flash de

luz que permanecerão se cruzando para quando o

sempre for eterno e o para quando o eterno for para

sempre...

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 25/11/2013
Código do texto: T4586488
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