(...)
Paz?
Paz pra que?
Dane-se o esforço desgraçado que faz!
Não, não aguento mais!
Não mereço descanso!
Apenas descaso.
Calma?
Calma pra que?
Se é mais divertido o caos na alma?!
Não, isso não se faz!
Não mereço paz.
Nada que a traz.
Conforto?
O que é conforto?
Se há 21 anos haveria um aborto?!
E temo que vens aqui pra abortar o que começamos.
Não, não mereço isso!
Não mereço nós dois.
Recomeçamos depois?
Sossego?
Para quem, sossego?
Se os bandidos me levaram as poesias.
Não isso não é culpa deles. não têm escolha.
Não, não culpo isso.
Mas queria lhe mostrar aquelas folhas.
Amor?
Quem é amor?
Pra cá ou pra longe, seja quem for!
Pra que se me trazem a dor?
Não, não posso com isso.
Temo que amanha não continue.
Não,
Hoje eu não durmo!